15 de jul. de 2010

Dicas: Antes de ler

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Antes de ler o texto abaixo é imprescindível ter um bom áudio para acompanhar a leitura.
Recomendo:
www.reverbnation.com/alexandreartioli -SunRise, DeepForest, Supernova, Wormhole, Ilusion,
www.myspace.com/aleart - Musica - DeepForest, Supernova, Wormhole
www.myspace.com/julioqueiroz - musica A Brisa

O texto é desenvolvido baseado em imagens e sons! O Projeto Substelar ele é intimamente ligado a musica e as imagens! Agora que já está preparado! Leia e comente! -D

1 de jul. de 2010

Substelar

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Substelar
Um Novo Começo













Escrito por Alexandre Artioli Barrera



Substelar Crônicas
Janeiro de 2012
1 - Antes do Fim
2012, ano em que a Terra sofreu as maiores catástrofes climáticas.

2011
Um menino de apenas 12 anos brincava com seus brinquedos na varanda de sua casa a noite, quando percebeu uma pequena esfera de luz flutuando a beira da casa. Um som bem baixinho ecoava da pequena esfera de Luz que hora brilhava azul, hora branca. O menino se assustou com a luz, mas ficou encantando com os movimentos que ela fazia para cima e para baixo. A esfera foi se aproximando lentamente à medida que o menino ganhava confiança em chegar mais perto. Logo a esfera flutuava a poucos centímetros do rosto de menino iluminando a varanda e as arvores no jardim. Um tempo depois a esfera voou para fora da varanda e velozmente subiu e desapareceu no céu estrelado.
Ele comentou com seus pais, mas adultos sempre acham que as crianças estão imaginando coisas e não ligaram para o ocorrido.  A pequena esfera de luz visitava constantemente o garoto sempre que ele brincava nas noites em sua varanda. Meses depois o planeta começou a sofrer os efeitos do excesso de poluição, e descasos das autoridades e países em relação a isso. Tempestades arrasadoras, tornados e furacões gigantescos viraram uma parte do cotidiano das pessoas, terremotos abalaram várias cidades populosas e vulcões atrasavam e geravam caos nas áreas em que atuavam.
Noite Feliz
Deitado na cama ele ouvia os trovões à distância e o vento levemente ia aumentado sua velocidade, leve gotas de chuva batiam na janela produzindo um som relaxante que ajudava a pegar no sono. Mas naquele dia ele não conseguia dormir, rolara na cama durante horas a fio ouvindo o som da tempestade que ia chegando aos poucos.  Olhava para suas estrelas no teto do quarto e imaginava planetas e galáxias distantes. Ser um viajante do espaço. No momento seguinte olhava seus pôsteres e fotos de amigos da escola e então pensavam em ser bombeiro para um dia ajudar as pessoas que corriam riscos. Milhões de pensamentos por segundo gerando energia suficiente para lhe tirar o sono e fazer com que não parasse de se mexer.
 A Chuva na janela já era forte, o vento batia nas arvores dando a impressão de muito mais força e os trovoes e raios agora estavam encima de sua casa. Ele olhava para a janela  envolto nas cobertas e percebia a luz dos raios que estrondavam no céu, quando teve um ligeiro pensamento involuntário e se jogou embaixo da cama rapidamente, um barulho ensurdecedor tomou conta da casa, o vento agora estava por toda parte e a água gelada da chuva molhava todo o quarto, se agarrou com toda a força que tinha, fechou os olhos pressionando seu corpo contra a cama. Nada se ouvia da casa a não ser trovões e o barulho da chuva, nem seus próprios gritos eram audíveis. A cama se arrastava para frente com a violência dos ventos, pedaços de destroços e barro estavam por toda parte, ele gritava por ajuda, mas era inútil e ainda por cima não tinha a menor idéia do que fazer, o que na verdade foi a sua sorte, pois agarrar-se com força a cama o ajudou no momento em que ela foi levada pelo vento. O vento batia em sua cara, a água fria judiava de seu corpo, o barulho e a violência da tempestade o castigavam. A cama se desfez no ar e novamente a sorte bate em sua porta, o cobertor continha elásticos que se firmavam na cama prendendo o colchão sob seu corpo na hora do impacto ao solo. Tudo escureceu.
Estava frio e o céu ainda estava escuro, mas não o escuro da noite, o escuro das nuvens de tempestade que estavam à cima dele. Ao abrir os olhos percebeu que não tinha sonhado e que o pesadelo era real. Estava no meio da floresta, deitado sob o colchão que horas atrás salvara sua vida. Andou pelo meio dos destroços e viu sua casa totalmente destruída.  Correu para a casa em buscas dos seus pais, entrando em meio aos escombros gritando por ajuda que não vinha nunca devido à distância de sua casa da cidade.  E assim ele passou o dia, até que na o por do sol veio então ele percebeu a distancia a cidade toda destruída. Caiu no sono exausto.

A Esfera
Do céu ela observava atentamente o que acontecia, durante 24 horas por dia, ele era observado, estudado e casualmente visitado. A esfera, o que ela sentia jamais iremos saber, mas ela de alguma forma sabia o que aconteceria e pacientemente esperou. Sempre a observar.
Ele dormiu sobre os escombros da casa ao relento, o frio daquela noite seria intenso, quando a esfera voou em sua direção, e posicionando perto de seu corpo  aqueceu e o acalmou durante toda a noite.  Naquela noite ele não teve sonhos, apenas acordou com energia e calmo. Percebeu então tudo que acontecera e procurou pela casa algo que pudesse comer. Do outro lado da casa a geladeira e parte da cozinha ainda estavam de pé, sem energia, mas o frio manteve os alimentos em boas condições dando sua primeira refeição após o desastre. Andou por toda área e sabia que voltar a cidade seria impossível sem um veiculo, talvez fosse melhor esperar. Um de seus amigos poderia vir ajudar. Juntou tudo que pode dos destroços e construiu uma pequena barraca, com colchão, cobertor, um teto e do lado colocou algumas garrafas de água que estavam na geladeira com os restos de alimento que estavam ainda ensacados e passou o dia esperando.  A ajuda não veio e novamente ele se deitou, olhava o céu que parecia ter muito mais estrelas que o normal, as cidades estavam apagadas ele pensou e por isso via mais estrelas. Contou algumas e dormiu.
A esfera esteve observando seus movimentos durante todo dia, hora ajudava em alguma coisa sem que percebesse, hora deixava-o se virar para aprender com seus erros. E novamente à noite quando ele dormiu, ela se posicionou próximo ao seu corpo e dessa vez uma luz tomou conta de sua pequena barraca oscilando entre azul laranja e branco. Assim foi durante toda a noite.
Mais uns dois dias se passaram nessa mesma rotina e a Esfera usava de todos seus recursos para manter ele em boas condições sem comprometer suas intenções. Então chegou a hora. E no Por do Sol daquele dia. Ela reaparece. O primeiro sorriso aparece em seu rosto. A Esfera se aproxima cada vez mais até que ele levanta os braços e toca na esfera. Uma descarga de energia é liberada e ele perde os sentidos,  sente seu corpo flutuando pelo ar. A energia percorre cada átomo do seu corpo curando o de qualquer injuria da tempestade, ativando todas as partes de seu corpo. Ele e colocado no solo lentamente e quando recupera os sentidos percebe tudo que aconteceu.

Tudo muda naquele momento, ele passa a entender cada movimento da esfera, cada oscilação de energia, cada cor que ela brilha, nesse momento ocorre à primeira ligação entre eles, agora ele sabe tudo que a Esfera conhece e a esfera aprende tudo com ele. A esfera desce do penhasco em alta velocidade e ele a acompanha correndo. Uma luz brilha em meio à floresta e conforme iam se aproximando, mais forte essa luz ficava, a esfera cintilante ia à frente abrindo caminho entre as arvores e matos.  Em meio a uma clareira ele enxerga pela primeira vez o que seria o seu futuro, uma espaçonave gigantesca com suas duas turbinas enormes apontadas para ele e uma pequena abertura de onde saia toda a luz. Ele para e anda lentamente para a Nave, seu coração acelera, seu corpo tente a perder os sentidos quando a pequena esfera o ajuda e ele finalmente adentra a nave.  A luz naquele momento mudou automaticamente, a porta logo atrás se fechou. Seguinte pelo compartimento a esfera para em um determinando ponto e Ele enxerga pela primeira vez o traje que usara pelo resto de sua vida. Dentro de uma cápsula de vidro, uma roupa de astronauta.
Substelar será seu nome, Substelar são todos os seres feitos de partículas de estrelas.
A esfera aciona os comandos da nave e ele parte para o espaço.

Cap. 2
A Decisão
Seus olhos ficaram radiantes com os comandos da nave, telas para todos os lados, formadas por hologramas que ele jamais poderia imaginar, a visão do planeta terra saindo da atmosfera pela primeira vez ele jamais iria esquecer, o azul e a forma do planeta, as nuvens como se formassem um tapete, então aparece o sol em toda sua grandiosidade e por fim as milhares de estrelas que nunca seriam vistos da terra. Por um instante se esqueceu de todos os problemas que passavam por sua cabeça e todos os acontecimentos, se sentiu radiante e sentiu seu corpo perder o peso lentamente, estava flutuando, literalmente, seu corpo já não tinha mais peso. Agora ele olhava pelas janelas de sua nave o planeta já distante, flutua para o outro lado e observa a Lua, não mais cinza e branco, mas com cor diferente, hora meio marrom, hora meio verde e de repente percebe pequena estruturas na lua, como se fossem restos de uma civilização.
Ele se senta na cadeira e nesse momento a gravidade volta ao normal. Alguns instantes depois começou a entender todo o funcionamento da nave como se fosse mágica. Ao olhar para o lado a esfera de luz se encontra próximo ao seu rosto, agora tudo faz sentido.
Ele tem em suas mãos o poder de ir para qualquer lugar do universo, poderia fugir da terra e nunca mais voltar, explorar novos mundos, novas civilizações. Agora faz parte de um seleto grupo de pessoas que se tornaram Substelares.  Ele estende suas duas mãos a frente, dentro de um pequeno holograma e gira a nave 180º graus em direção ao planeta Terra, pequeno devido a distancia. Percebe que no universo todo o planeta é apenas um único ponto no espaço, tudo esta interligado, todas as pessoas, animais, plantas, moléculas e átomos, todos nos somos formados pelo mesmo composto vindo do mesmo instante em um passado muito distante. Substelar, todos somos feitos de estrelas, minúsculos pedaços de estrelas e planetas, supernovas e buracos negros.  Ele descobre sua missão. Voltar.
A esfera brilha e reluz de uma forma completamente diferente de antes. Substelar entendeu o recado. Voltar e ajudar quem precisasse, essa era sua missão.

Cap. 3
Nesse dia os vulcões ainda estão ativos, as cinzas se dispersam pelo vento mostrando a destruição. Super tempestades agora fazem parte do cotidiano. Continentes estavam totalmente mudados, cidades inteiras desapareceram e sobraram apenas ruínas. O Planeta Terra estava um completo caos, pessoas que antes eram importantes devido a cargos ou dinheiro agora eram apenas um rosto na multidão.  Não havia policiais, médicos, bombeiros e nenhum tipo de ajuda, os serres humanos estavam desconectados de todo sistema que antes existia. Sem energia elétrica, água, telefone e todos os requisitos básicos para se viver. O Planeta voltara à era medieval. A única forma de sobreviver seria a união das pessoas para um bem comum, Substelar percebeu isso quando sobrevoava o Planeta e descobriu também como funcionava sua conexão coma Esfera. Ele não conseguia acessar diretamente os conhecimentos, mas somente nos momentos em que realmente não tinha como fazer sozinho, a esfera o ajudava com uma pequena gota de conhecimento. Obrigando-o a pensar e agir.
Quando sobrevoava o Planeta sua nave varria toda a extensão de terra e água abaixo gerando uma lista de casualidades e formando estatísticas de sobreviventes, áreas de maior risco, tipos de materiais encontrados, salvando em seu sistema e gerando relatórios completos sobrem tudo que aconteceu. O mais surpreendente dessa tecnologia foi uma lista por ordem de urgência sobre pessoas que  precisavam de ajuda. O computador fazia cálculos inimagináveis para gerar essa lista que talvez nenhuma tecnologia do Planeta Terra conseguisse fazer igual. A Esfera controlava todos esses sistemas da nave e passava informações ao Substelar.
Após algumas voltas pela Orbita da terra, Substelar percebeu a tristeza, sozinho em um mundo aonde não conhecia mais ninguém, não tinha amigos, familiares e os poucos que conhecia estavam perdidos no planeta. O Mundo já não tinha fronteiras. É triste pensar dessa forma, mas talvez agora as pessoas mudem e cresçam ele pensou. Permaneceu na orbita por mais dois dias inteiros varrendo todos os cantos do planeta e estudando cada sistema da nave, cada ferramenta ele iria precisar usar e as ferramentas de seu traje que mudavam de forma conforme ele pensava. Ele pensou em algum momento se com toda essa tecnologia ele poderia ter uma roupa muito mais moderna, porque a roupa de Astronauta? Instantes depois a roupa que se parecia simples, ela formada por um material leve, flexível e resistente, mantendo a temperatura de seu corpo sempre ideal, possuía sensores em todas as partes e era conectada a nave. Seus pensamentos podiam alterar as formas de sua roupa para de adaptar a todos os ambientes. Mas ainda sim permaneceu sem a resposta principal, Porque de Astronauta?
No quarto dia a nave termina de varrer todo planeta, Substelar já estava devidamente uniformizado e consciente das funções de sua roupa e ferramentas.  Ele vai para cadeira do Comandante da Nave e recebe sua primeira missão.